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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pedofilia celebrada

Acabei de ler uma notícia que me deixou sem palavras. Trata-se de uma denúncia do professor Paul L. Williams, em seu blog  
sobre casamentos pedófilos entre integrantes do grupo Hamas, e meninas com idades entre 4 e 10 anos, realizado na cidade de Gaza. Com o consentimento, incentivo e aprovação de líderes importantes, quase 500 homens se casaram com essas pequenas, tão pequenas que os homens ao seu lado parecem seus pais na fotografia. Seria uma imagem bonita se eles realmente fossem seus genitores, aqueles que ficam a postos para ensinar, fazer rir, colocar no ombro, brincar de cavalinho, contar histórias. Porém, nada disso está no destino dessas meninas, já conhecemos as atrocidades que acontecem com mulheres e crianças e mais essa agora. Ler uma notícia como essa, nos deixa com um sentimento indefinível de impotência, nojo, desespero e tristeza.

O muçulmano Aiatóla Komeine declarou as seguintes palavras:
"Um homem pode obter prazer sexual de uma criança tão jovem quanto um bebê. Entretanto, ele não pode penetrar; sodomizar a criança não tem problema. Se um homem penetrar e machucar a criança, então ele será responsável pelo seu sustento o resto da vida. A garota entretanto, não fica sendo contada entre suas quatro esposas permanentes. O homem não poderá também se casar com a irmã da garota… É melhor para uma garota casar neste período, quando ela vai começar a menstruar, para que isso ocorra na casa do seu marido e não na casa do seu pai. Todo pai que casar sua filha tão jovem terá assegurado um lugar permanente no céu."
Fonte: http://www.deolhonamidia.org.br/Comentarios/mostraComentario.asp?tID=420

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ensinando com arte! Jackson Pollock

Hoje apresentei um projeto na faculdade que me fez perceber o significado executável de algo teórico. De acordo com a minha pesquisa empírica no que se refere ao ensino das artes plásticas na educação infantil, essa prática apresenta muitas deficiências desde a percepção de seu conceito à produção.
O que pude perceber observando a atuação de docentes em salas de aulas vem de encontro ao que lí no artigo da doutora em educação Susana Rangel "Como vai a arte na educação infantil?" disponível no domínio:

Neste, a autora aponta inúmeros pontos discutíveis sobre as discrepâncias entre teoria e prática no ensino da arte, como a formação do professor em tal componente curricular, mas além dessa verdade, observei o receio e aversão por parte dos docentes em planejar aulas que envolvam os diversos materiais conhecidos para tais atividades (tintas, colas etc). Cheguei a presenciar por inúmeras vezes enquanto fui monitora a preocupação constante dos educadores quanto à possível sujeira ainda não produzida pelos alunos. As professoras passavam a cola colorida onde os alunos deveriam cobrir com os dedinhos e alertava constantemente que quem terminasse deveria levantar o dedo e chamar pela "Tia Mirella" para que ela limpasse o dedo. Esse comportamento têm me intrigado desde então e me feito refletir e pesquisar sobre o ensino desse importante componente curricular, o artigo ajudou a responder muitas de minhas indagações. Achei então um material norteador muito importante, que já conhecia em partes que é o REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, encontrado no site do MEC http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf

O material produzido é um instrumento norteador para o trabalho na educação infantil, detalhando objetivos, atividades, planejamento, práticas, desenvolvimento entre outros. O ensino das artes está no Volume 3, página 83. Ele deixa bem claro o porque, o como, a maneira e o quando ensinar artes na educação infantil. Traça tal componente relatando ideias e prática correntes, os conteúdos, orientações didáticas, o desenvolvimento da apreciação, reflexão e fazer artístico. Orienta ainda para cada faixa de idade os procedimentos e objetivos específicos desejados para cada uma compreendendo duas divisões: dos 0 aos 3  e dos 4 aos 6anos de idade.
Voltando ao projeto, o desenvolvimento deste era necessário pois estamos realizando estágio supervisionado nesse nível de ensino e a proposta era o desenvolvimento de um projeto aplicável nas escolas e creches, porém o tema era de livre escolha, escolhi o ensino das artes obviamente justificada pela minha curiosidade e interesse pela área. Não consegui aplicar, mas pude observar outra colega de grupo executando a proposta e fiquei maravilhada com a aceitação, excitação, participação e prazer dos pequenos alunos em realizar as atividades. Apresentamos algumas ideias de atividades em uma oficina na aula prática de hoje o entusiasmo também foi grande.
Olhem a foto da minha colega Thainá Galdino ao fazer o que chamamos de pintura cega com bolinha de Gude, toda contente como uma criança mesmo. Essa técnica consiste em mergulhar a bolinha de gude e um pote com tinta e colocar dentro de uma caixa (pode ser de sapato) com folha afixada dentro e balançar a bolinha o resultado é um belo trabalho à La Jackson Pollock. É possível ensinar a apreciação, a reflexão e o fazer artístico aliando a apresentação de grandes ícones das artes e a leitura de suas produções, para cada obra pode-se desenvolver uma técnica diferente.
Vamos esquecer o medo dos pais, da sujeira e nos concentrar em proporcionar às nossas crianças experiências únicas que as artes podem nos transmitir, inovemos! 
 Obra de Jackson Pollock

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Audiência pública


Audiência pública para discutir a questão da homofobia na escola. Uma excelente oportunidade de rever os conceitos e perceber quão importante é a valorização da diversidade, não só no que se refere à questão da sexualidade, mas todas as diferenças de uma maneira geral.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Torturas televisivas gratuitas

Está cada vez mais insuportável assistir ao horário eleitoral, acredito que ele não foi feito para isso. Tento os debates, é pior ainda, misericórdia! Não aguento por muito tempo. Os candidatos viraram farinha do mesmo saco um ofendendo o outro, e outro revidando, uma baixaria só. Enquanto o Tucano e a Petista se gladiam, esquecem que há pessoas os observando e fazendo suas próprias avaliações, perdem um precioso tempo apontando falhas e calúnias um do outro e deixam de lado o que realmente importa: as propostas e os planos para nosso país, e seria exemplar se essa responsabilidade de esclarecimento viesse acompanhada de demonstrações públicas de respeito acima de tudo. É esse o respeito que eles têm pelos eleitores que vão colocá-los lá no primeiro dia do ano que vem? parece que não me sinto uma idiota vendo-os.
Parece que voltamos ao passado onde os religiosos ditavam as regras norteadoras para nossa vida em sociedade, tantas lutas por nada!? Hoje gostaria de dizer que nós somos totalmente livres para pensar e dizer o que quisermos sem que haja nenhuma censura, mas isso não acontece, até nas próprias igrejas você é reprimido, experimente falar para alguém que não acredita em Deus para ver o que acontece, mas vamos deixar isso para lá.
Em Brasília há uma disputa que é uma palhaçada. Imagine um homem que não pode se candidatar a governador, pois responde inúmeros processos na justiça, então de última hora ele coloca sua mulher laranja Weslian Roriz, para assumir seu lugar na disputa cuja candidatura é aceita pelo STF faltando menos de doze horas para nossa visita as urnas. É uma safadeza, pegue as horas de trabalho em cima da lei da ficha limpa e rasgue! E quem votar nela que limpe os glúteos* com o título de eleitor ao chegar em casa. A mulher mal sabe responder os questionamentos que lhes são feitos, comete erros graves que deixam sem sentido a suas replicas ou explanações. E isso nem é tudo, a insegurança na retórica é notória, é comum ela dizer que vai contratar muitos técnicos ou que vai fazer tudo com muito amor e carinho(vai f* tudo)! Basta buscar pelo youtube e rir bastante, mas ria dela e não deixe que eles riam de você depois.
Não quero aqui dizer que quem não sabe se expressar ou fala errado não é capaz, mas que ela aparenta não ter leitura de mundo isso sim. Será que em anos de participação na vida política de seu marido não lhe deu vontade de buscar conhecimento? Resolvi escrever este após ouvir da minha amiga de faculdade afirmar que fez campanha para uma determinada candidata a deputada distrital apenas esperando receber um emprego pelos próximos 4 anos, na minha opinião isso é ridículo,  esse é o meu ponto de vista! E o seu?

 “O que um governador faz? Bem, isso eu não sei, mas vote em mim que o mau marido sabe!” Weslian, a Tiririca Candanga.”

sábado, 16 de outubro de 2010

Resenha do livro: Tia Rafaela, uma história de amor, sexo e destruição.


Ontem visitei um lugar que eu adoro! Livraria. Na mesa que costumam colocar os lançamentos alguns me chamaram atenção como a biografia de Ruth Cardoso, Ingrid Bitencout e me deparei com um título que praticamente brilhou para mim: “Tia Rafaela”, acho que por ser professora também. Peguei um para ver mais perto, a capa tem um subtítulo de apresentação que aguçou ainda mais minha curiosidade: “Um menino de 11 anos. Seduzido pela professora. Um caso de amor, sexo e destruição”. Uma foto parcial de um casal composto por uma mulher adulta e uma criança do sexo masculino, um menino de onze anos.
Onze anos era a idade que Davi Castro, o autor conheceu a professora de educação física que ele chama de Tia Rafaela. O menino passava por um momento muito difícil para criança de tão pouca idade, morava com o pai e a madrasta em uma espécie de “cortiço” (esses locais são conhecidos pelo amontoado de pequenos barracos ou casas reunidos em um mesmo lote já morei em um lugar como esse há bem pouco tempo) após ser abandonado pela mãe e irmão, Davi sente-se extremamente sozinho, e essa situação faz com que ele vá mal nos estudos, já estava repetindo a 2ª série pela segunda vez. Conhece Tia Rafaela logo no primeiro dia na nova escola próxima a casa de seu pai.
É comum não olharmos para as crianças como elas precisam realmente, entendermos suas necessidades tão pouco. É nessa porta aberta que a “educadora” entra. Aos poucos ela vai ganhando a confiança do menino com a oferta de amizade e compreensão que logo evoluem para o despertar prematuro de sua sexualidade. Davi com o consentimento do pai passa a morar na casa da professora após promessas de cuidados, conforto e futuro promissor. As seções de sexo são diárias, apesar da curiosidade e descoberta do prazer antecipado é perceptível que o garoto sente-se confuso com o relacionamento sexual que vive com a professora. Aos 12 anos descobre que irá ser pai da amante de 27 anos! Davi viveu 8 anos sob o julgo dessa mulher dominadora e cruel. Mesmo com a investida da mãe em acusá-la de pedofilia o relacionamento permanece, o filho volta-se contra a mãe e esta entrega a guarda ao pai. Quando atinge a maturidade começa a questionar sua vida, atitudes e resolve mudar, com a ajuda de amigos verdadeiros, se separa aos 18 anos. Até hoje não consegue ter o relacionamento desejado com seu filho.
Fiz inúmeras reflexões com a leitura do relato de vida do Davi, percebi com já disse anteriormente, a falta de atenção de qualidade que temos para com as crianças que estão sob nossa responsabilidade. Pode estar acontecendo um bocado de problemas com ela e ignoramos esse fato, nem ao menos investigamos um comportamento anormal, por vezes a julgamos por "mimada", "mal-criada" entre tantos outros Adjetivos . Não quero justificar o ato de um doente perverso como é o pedófilo assumindo a culpa para nós, mas temos condições de perceber e salvar nossos pequenos das seduções e manipulações desses bandidos. Um ato errado de uma pessoa pode mudar a vida de muitos ao seu redor, isso aconteceu com o ersonagem dessa biografia.
Recomendo o livro, sua escrita é envolvente apesar do choque e poderia dizer até certa repulsa a curiosidade fala mais alto e ao final a reflexão é incontrolável, assim como o choque.
Hoje Davi tem 27 anos, é produtor cultural e ator, fez terapia 10 anos para resgatar sua identidade. Desejo a ele muito sucesso pois conseguiu transformar sua dor em ferramenta de  mudança, não só para si.  Seu livro serve de instrumento de alerta a muitos pais, familiares, professores, entre outros e mostrar que qualquer um pode ser sujeito de agressão. Não deixemos que as crianças tenham seus sonhos, alegrias e descobertas infantis roubadas por esses perversos. Percebemos ainda um mal maior: o quanto nosso país cultua o machismo, será que se ela fosse homem e Davi uma menina essa professora ficaria impune?
No livro há muitos detalhes e os outros personagens que compuseram essa trágica história.
O livro é da Editora Panda Books e pode ser encontrado facilmente nas livrarias SARAIVA. Pelo valor de R$ 23,90 mais barato que muitas besteiras que compramos, comemos ou bebemos. Então compre um livro!

Comprar pelo site:

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Deus está na eleição! em quem será que ele irá votar?

A questão do aborto não é discutida somente por religiosos, e estes tão pouco são sempre contra, se assim fosse o Edir Macedo estaria movimentando seu rebanho contra essa ideia, mas ele é a favor. Em contrapartida, conheço alguns ateus que defendem a não descriminalização. Essas questões não deveriam ser discutidas sendo rotuladas por "assuntos religiosos", pois interferem na vida de qualquer um.
Concordo que há muitas crianças em situações de extrema carência, mas será que tudo que representa um problema deve ser legalizado? Legalizemos então a criminalidade, as drogas, o racismo, o preconceito, a corrupção entre tantas outras mazelas da sociedade. Ao invés de buscarmos a opção mais rápida para a resolução porque não estudarmos a melhor maneira que não traga tantos transtornos? Explico, são comprovados cientificamente os danos físicos, biológicos e psicológicos que acontecem em uma mulher quando ela faz o aborto, imagine o quanto ela precisa de apoio não só quanto ao ato de abortar, como também no pós-procedimento. Não tenho nesse momento os valores, mas acredito que deve custar muito caro aos cofres públicos a morte de bebês e a recuperação de suas ex-mães. Será que alguém aí acredita que no atual quadro da saúde pública há espaço para esse atendimento?
Acredito a solução estaria na prevenção, pois os efeitos de um anticoncepcional são bem amenas comparadas à um procedimento tão agressivo como é o aborto, além de mais barato e democrático, e ainda tem as doenças sexualmente transmissíveis. Cabe aos políticos elaborarem leis que melhorem a assistência social em nosso país, que elas sejam executadas a contento a fim de suprir as necessidades das famílias carentes colocando-as no caminho de conseguirem por si próprias sua independência com dignidade, isso se consegue com acesso à moradia, alimentação, educação, saúde e trabalho. Não se trata de despesa, mas de investimento. A valorização da vida não está somente no apoio ao nascimento mas no oferecimento para que essa se desenvolva por completo. Será que isso é utopia? Bem, é o meu ponto de vista.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Hoje

Acordei hoje um pouco preocupada quase mal mesmo, todos os candidatos escolhidos por mim foram eleitos exceto o governador e o presidente. Eu fui uma das "intelectuais" que votou na Marina Silva na cidade de maior aceitação da candidata verde. Simplesmente não consegui chegar lá na frente daquela máquina e votar em alguém que se alia com bandidos, Marina pode não ter ganho, mas não sinto meu voto jogado fora. Agora é 2º turno Dilma X Serra, e Agnelo X Roriz, que bosta! Agnelo até que vai, mas como decidir entre Dilma e o Tucano? os programas do Azul para educação são péssimos! e Dilma só tem bandidos ao redor dela.
Lembrei das palavras do meu sábio professor Erisevelton Lima: "conhecimento trás sofrimento".  Verdade!

sábado, 2 de outubro de 2010

Brincar de ser professor...



Domingo passado assisti um filme que meu amor de amigo Samuel gravou para mim. Chama-se: Como estrelas na terra cada criança é especial. É um filme indiano de produção Bollywoodiana (rsrs). A trama conta a história de um garotinho indiano 09 anos, Ishaan Awasthi. o garoto não é considerado bom ao contrário disso, aparentemente não se esforça nos estudos, teimoso, desobediente, rebelde, e, quando está prestes a repetir o terceiro ano novamente seus pais são chamados na escola para receberem a notícia. O pai resolve colocá-lo em um colégio interno. Ishaan, com as rígidas normas da escola, cujas quais não consegue obedecer tantos quanto as outras pretéritas e começa a ficar cada vez mais triste e isolado. Até que surge um professor de artes substituto e surpreende-se com o comportamento do menino, este passa à observá-lo melhor, pesquisar as causas de tal atitude apática. Ram Nikumbh, trabalha em uma escola-hospital para crianças com necessidades especiais e decide ir até a casa dos Awasthi explicar-lhes o problema de seu filho Ishaan, a dislexia. O educador, surpreendentemente possui o mesmo problema de Ishaan, e o compreende pois já viveu a mesma coisa que o menino experiencia. O professor inicia então um ambicioso plano de resgate desse menino, que, ao final bem-sucedido.
            O que esse filme me trouxe foi à percepção de que realmente cada criança é única e que precisamos olhar cada um desses pequenos de forma especial, isto é, educar nossos olhares para suas necessidades, gostos, dificuldades e habilidades. Não só para quem possui algum tipo de deficiência, mas a todas de maneira geral. Ram Nikumbh, surpreendentemente possui dislexia assim como seu aluno Ishaan. Devemos entender o real significado de educação e o que podemos fazer por cada aluno que passa em nossas vidas, podemos marcar as suas de maneira positiva ou negativa para sempre e isso é bastante forte para que brinquemos de ser professor. 
Professor descobre as habilidades artísticas de Ishaan

 Ishaan interessa-se pela aula de Ram que fala de pessoas famosas que já tiveram problemas para aprender ler e escrever, como Leonardo Da Vinci

 Alunos surpreendem-se com a primeira aula de artes do professor substituto.

Resenha


SOUZA, Maria de Fátima Guerra. Aprendizagem, Desenvolvimento e Trabalho Pedagógico na Educação Infantil: Significados e desafios da qualidade. In: TACCA, Maria Carmen Villela Rosa (Org.) Aprendizagem e trabalho pedagógico. São Paulo: Alínea, 2006. Cap. 5, p. 95-125.

Maria Carmen Villela Rosa Tacca é formada em Pedagogia, com mestrado em educação e doutorado em psicologia. é professora da Universidade de Brasília, em nível de graduação e pós-graduação e pesquisadora da universidade de temas como a relação professor-aluno, processos comunicativos, a significação da aprendizagem, processo de escolarização e fracasso escolar, cotidiano da sala de aula, ação docente e desenvolvimento da subjetividade na educação, estudados nos diferentes níveis de ensino. É colaboradora e autora de muitos artigos, textos, capítulos de livros, trabalhos e autora e organizadora do livro Aprendizagem e Trabalho Pedagógico.
Maria de Fátima Guerra de Sousa é formada em Pedagogia, com mestrado em Psicologia Escolar e Desenvolvimento humano, tem o título de Ph.D em educação infantil pela Universidade de Ohio nos Estados Unidos. Já atuou em cargos administrativos como Chefe de departamentos na Universidade de Brasília, onde ainda trabalha como professora na formação de professores em educação infantil e educação à distância no curso de turismo, sendo consultora dessas duas áreas. Foi membro do conselho de Educação do Distrito Federal e Conselho Nacional de Secretários de Educação. Suas linhas de pesquisa são: a qualidade na educação infantil e a avaliação de programas. Possui mais de 20 títulos e prêmios, muitos artigos e pesquisas publicadas e livros como Nas trilhas da aprendizagem: diálogos com quem estuda a distância, Escola de Tempo Integral, Educação à distância, O tutor e o articulador local: a descoberta e a construção de papéis entre muitos outros.
No quinto capítulo do livro, Maria de Fátima Guerra escreve sobre as polêmicas e dificuldades na educação infantil. Dificuldades essas enfrentadas por todos os atores presentes neste nível de ensino, ou seja, pais, professores, gestores e demais auxiliares de educação. A discussão do texto tem por finalidade discutir a qualidade na educação infantil, o conceito propriamente dito dessa palavra e na realidade das escolas dos pequenos, o que ela representa, onde é encontrada e os pontos observáveis dessa tal qualidade e os papéis que cabem a cada ator escolar, ressaltando a importância da valorização da infância.
O texto esmiúça a complexidade do trabalho acompanhado da qualidade na educação infantil, é um desafio, visto que muitos ainda não entendem o real significado da modalidade. A valorização da infantil é muito citada, visto que nos dias atuais as crianças ainda encontram dificuldades no que se refere ao respeito quanto sua faixa etária. É preciso despertar a cultura do universo infantil, despertar o aprendizado e o desejo de aprender a partir desse mundo especial que os pequeninos vivem. Para isso, Maria Guerra oferece conselhos, propostas e alertas aos atores escolares. Aos professores, assim como qualquer outro elemento desse processo, conheça os conceitos que compõem a qualidade na educação infantil, utilizem a formação continuada como ferramenta de atualização, refletir e avaliar sobre sua prática pedagógica para com isso ampliá-la cada vez mais entre outras considerações. Aos pais esta aponta maneiras de poder escolher uma boa escola para seus filhos, uma escola de qualidade tem de oferecer, por exemplo, espaços ao ar livre e cobertos que possibilite as crianças desenvolverem atividades inerentes às suas respectivas idades e desenvolvimentos, que seja limpo, possuam estabilidade de funcionários, seja clara e coerente quanto às suas propostas pedagógicas etc. Cabe aos genitores pesquisarem tais informações, certificando-se quanto as convergências entre discurso e prática. E por fim aos gestores resta a obrigação de promover a articulação entre os projetos e práticas, criando possibilidades que facilitem o trabalho docente, a administração geral da instituição, visando sempre a oferta de qualidade à educação infantil. São muitos os aspectos levantados pela autora, pontos que passam despercebidos devido à falta de conhecimento e foco em tal nível de ensino por todos esses envolvidos.
Trata-se de um texto acadêmico e com os mesmos fins. É notável o conhecimento de causa pela autora, ela defende suas ideias e posições baseada em diversos autores fazendo esquemas e listas, sua pesquisa é provavelmente documental e empírica visto que atua como professora universitária na formação de futuros professores, onde pode colher informações dos conflitos existentes na educação de uma maneira geral.
É uma obra que causa bastante envolvimento e interesse, pois a educação na atualidade vê ganhando cada vez mais interesse, que, em muitos casos, são desacompanhados de conhecimentos sobre o tema. É coerente com o que se estuda nos cursos de formação em magistério de nível superior (curso de pedagogia), porém não é indicado somente para esse público, mas também aos pais de alunos, gestores de uma maneira geral, auxiliares de educação e pesquisadores sobre o tema. A autora levanta uma série de questionamentos a cerca da qualidade no ensino no início, ela não responde essas, porém leva-nos a refletir de tal maneira que se acabam respondidas pelos próprios leitores, resultado de analises durante leitura do texto.

Mirella Azenha

CORPOS REDONDOS