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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Renovação!

Hoje assisti 2 palestras na faculdade, ambas sobre sustentabilidade. Tema gerador a discussão da semana de Secretariado executivo da Faculdade Jesus Maria José, aliás muito bem organizada.

A primeira foi com o Presidente da Infraero Luis Eduardo Paris. Este iniciou sua explanação fazendo um escorço histórico rápido sobre a história da sustentabilidade, os principais marcos da consciência ambiental. Essa consciência tem início em 1968 com a criação do clube de Roma e vêm ganhando cada vez mais espaço, sendo discutida em todos os setores desde o corporativo até nas escolas. Luis destacou também a sustentabilidade ambiental, ecológica, social, econômica e política, tão grande é minha ignorância que não conhecia esses conceitos mas pelo menos os aprendí.

A Segunda palestra foi com o Cristovam Buarque de Holanda...

"Todas as crianças precisam ter a mesma chance. Elas não podem ser discriminadas só porque nasceram em uma cidade muito pequena ou porque os pais são pobres e vivem em uma área de periferia. Elas devem ter a chance de estudar em escolas que são iguais às melhores escolas do país. Todas as escolas devem ter o mesmo padrão. Todos os professores e professoras devem ser formados(as) em universidades e cursos com a mesma qualidade. Isso é possível. Se você vai em uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, em qualquer cidade do Brasil, o padrão de atendimento e de serviço é o mesmo; são instituições que mostram que o Estado brasileiro tem capacidade de gerar organizações que funcionam. Assim deveria ser também com as escolas. Professores e professoras bem remunerados(as),  com meios de trabalho e ambiente adequados. Livros, currículo, computadores, tudo para ajudar a ter o mesmo padrão e a formar as crianças oferecendo-lhes a mesma chance. Os(as) professores(as) devem ter seus salários pagos pelo governo federal, seguindo um plano nacional de educação de qualidade e a escola gerenciada pela prefeitura e pela comunidade, aberta à participação dos pais, das mães e de toda a comunidade." Cristovam Buarque, em debate no plenário do Senado Federal, 10/8/2007 e na faculdade Jesus Maria José - FAJESU em 29/09/2010.

Achei incrível a explanação do então senador e candidato para o mesmo cargo, pois uma pessoa de tão alta graduação e entendimento acerca dos problemas sociais falar de maneira muito objetiva  e clara, qualquer pessoa pôde entender sua mensagem onde defende a educação como fator de nossa nação, é capaz de mudar totalmente um país em 50 anos como aconteceu com a  Finlândia. No Brasil essa mentalidade apesar de estar mudando lentamente, ainda não é o necessário para a mudança rápida que precisamos. Nosso país tem capacidade de ser a maior potência do planeta, mas ignora seus cerébros, ou pior, os impedem de surgir e quando surgem os mandam para fora do Brasil. Saiba mais: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=33738 e em http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2010/07/13/as-migalhas-e-o-file-da-educacao-brasileira/    estão aí duas opiniões aparentemente opostas para que possam desenhar a sua própria. 

"O pré-sal dá mais votos que a pré-escola!" "O futebol dá mais votos que a pré-escola" A dificuldade está na política, e isso é uma cultura popular de valorizar mais coisas "fúteis" que a própria educação. O Brasil está atrás no Ranking mundial de educação, atrás, inclusive de países Africanos. Alguém se importa em ser um dos piores em educação? ah esquece no futebol somos os melhores! essa cultura é foi mantida inclusive pelos governantes na época da ditadura militar. Gente sendo morta, exilada, torturada, amordaçada e a imprensa pregando os "bons feitos"  usando slogans como: "Ninguém segura esse país!", e ênfase nas notícias da Copa 1970.

Nessa palestra tive o incrível prazer de fazer uma pergunta ao sociólogo da educação, indaguei qual seria o projeto ideal de educação nacional para o país. A resposta foi:
* A mudança da carreira de magistério, passando a ser funcionário Federal
* Equiparação salarial a nível nacional
* Ensino médio de 4 anos com formação técnica, profissionalizante
* Descentralização da gestão escolar, autonomia
* Inclusão de disciplinas regionais
* Liberdade pedagógica ao docente
* Aumentar os salários mas também aumentar as exigências para o contrato dos professores

Cristóvam fala de uma revolução educacionista, e defende essa revolução fazendo novas escolas por cidades. As 200 melhores escolas do país não são as privadas, e sim, públicas! porém no Brasil existem cerca de 200.000, fazer para transformar 200 em 200.000? sua ideia é construir excelentes escolas em cada cidade por vez. As instituições que existem hoje não estão cumprindo com as exigências do ensino de qualidade que precisamos.

Muito boa sua palestra, ideias e atitudes, merece meu voto.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Resenha

 

VILLAS BOAS, Benigna. É proibido repetir, mas é obrigatório aprender. In: Virando a Escola do Avesso por meio da avaliação. São Paulo: Papirus, 2008. Cap. 1, p.13-21.

     Nascida em Bonfim, Minas Gerais, Benigna Villas Boas mora em Brasília há 50 anos. É Pedagoga de formação, possui mestrado, doutorado e pós-doutorado todos com estudos convergidos a sua área de atuação, estudou em universidades no exterior como Texas (USA) e Londres, Inglaterra. É professora da Universidade de Brasília de graduação e pós-graduação, coordenadora de pesquisas pedagógicas sobre Avaliação da Aprendizagem e Organização do Trabalho Pedagógico. Contribui inúmeros artigos, textos e periódicos. Publicou os livros: Virando a escola do avesso por meio da avaliação e Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico, obras estas que originaram de pesquisas sobre as deficiências das práticas avaliativas.

     Nesse primeiro momento a autora, apoiada por inúmeros pesquisadores como Almeida Júnior, Sampaio e Dória e Leite aborda repetência escolar, fazendo críticas e comparações a outros países. Ressalta o que foi sugerido para que esse fenômeno fosse extinto, como o fim da reprovação, e a preparação prévia dos docentes, exclusão do pensamento seletivo presente nas instituições de ensino. Tais documentos referem-se a constatação da falta de desejo de cultura e conhecimento por parte dos alunos, no anseio pelo certificado. Cuja situação vem mudando em nosso país nos últimos tempos. Questiona os resultados negativos da repetência e sua permanência como método pedagógico, contribuindo para a instituição seletiva que é a escola, onde castigos e prêmios se constituem motivações no avanço do aprendizado. Levanta a colocação do aprendizado no lugar da reprovação, valorizando-o não só do aluno mas também do professor. Avalia as propostas de mudança ressaltando a ausência de uma: a confecção de um trabalho pedagógico que vise o aprendizado, e a necessidade e importância das avaliações realizadas de maneira competente e ética para com toda escola. Termina sua explanação nesse capítulo enfatizando na questão da aprovação como insuficiente para a comprovação da aprendizagem. Termina apontando os elementos que constituem o cenário da avaliação como repetência, aprovação e evasão escolar.

     Benigna nos impõe uma reflexão que resulta em uma nova concepção quanto aos processos de ensino-aprendizagem nas escolas e salas de aulas, mas precisamente na avaliação desta. Trata da polêmica questão: a reprovação, esta que, em sua opinião com bases nos apontamentos de pesquisas anteriores, são a causa do fracasso escolar e mesmo diante da percepção negativa que esta acarreta, nada de concreto é feito para a mudança desse padrão cancerígeno. Inferimos de sua narrativa, a necessidade de trocar a aprovação por aprendizado, do despertar desse novo olhar por partes dos educadores no que diz respeito a ele e sua avaliação, perceberem na escola o seu sistema classificatório, assim como sua maior característica: a exclusão, feifadora de oportunidades e formação deficiente. A doutora refere-se a uma ausente atenção quanto à preocupação da construção de um projeto que enfatize o aprendizado, de ações centradas nele. No entanto, falta nessa fala uma ilustração de prática por parte dos leitores devida, talvez, a novidade das ideias expostas.

     O texto é iniciado com os questionamentos iniciais acerca da reprovação e termina dando algumas dicas quanto às respostas destes. Trata-se de um conteúdo acadêmico, possuindo, portanto bases teóricas que legitimam a seriedade dos conteúdos expostos.

     Benigna aborda em sua narrativa a questão não só da à avaliação, pois seu foco está na discussão no que se refere à apropriação do aprendizado, dos conteúdos e uso deles. É indicado para os cursos de formação de docentes sejam quais forem suas licenciaturas, tanto quanto profissionais já em atuação e até mesmo interessados em agregar conhecimentos no campo da avaliação de desempenhos, competências, treinamentos característicos ao meio corporativo.



Mirella C. F. Azenha

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Impaciente...

Tenho andado distraído

Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso... (Trecho da música: Quase sem querer, Legião Urbana).

É exatamente assim que eu me sinto, distráida, impaciente, indecisa.
Impaciente com inúmeras questões, como a faculdade, esse semestre está um saco! Chato! matérias chatas, repetitivas, professores ruins, estatística (eu tinha certeza que iria aprender e me esforcei ao máximo, mas até agora, nada!).
Indecisa, não sei o que fazer com a oportunidade que tenho, é esporádica e ao mesmo tempo uma forma de apresentar um trabalho, no entanto não é fixo.
Estou odiando ficar em casa o dia inteiro.
Me sinto uma imbecil, burra, incompetente.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nosso lar

Domingo passado (5) assisti o filme Nosso lar, filme baseado no livro psicografado por Chico Xavier pelo espírito de André Luis. Apesar de não me considerar espírita tenho grande respeito por essa religião.

Seu roteirista e diretor é Wagner de Assis, que eu não sei quase nada a respeito, exceto ter sido diretor do filme a cartomante e participado da produção de quatro filmes da Xuxa, não importa quais não é mesmo?

O filme foi bastante fiel ao livro. Conta a história do médico André Luiz, que morreu de problemas intestinais devido aos excessos cometidos por ele com a alimentação, bebida, fumo e noitadas. André acorda em um plano espiritual conhecido como umbral, que seria uma zona de transição, uma espécie de purgatório, e não entende sua condição. Depois de vagar durante muito tempo nesse ambiente o médico desesperado, pede por ajuda e é prontamente atendido pelos espíritos superiores que o vão buscá-lo. Ele passa a viver em uma cidade espiritual chamada Nosso lar, começa então sua saga ao encontro de sí mesmo e suas verdades, redescobrindo-se e desenvolvendo novas concepções, pensamentos e atitudes sobre a vida e a morte, ou a vida após a morte. Incríveis efeitos visuais, trilha sonora de uma orquestra sinfônica regida por Phillip Glass.

CORPOS REDONDOS